Antes de entrarmos em “fórmulas” de prospecção não-lineares de Clientes, vamos falar um pouco de nós mesmos.
Porque, se não entendermos como nós mesmos funcionamos, como podemos entender o Cliente?
Vou dar um exemplo. Vamos fazer de conta que uma menina está a fim de um cara. E quer NAMORAR.
Mas ele não é QUALQUER um: é aquele que está cheio de meninas ao redor dele, “dando mole”. Mas ela quer ser a escolhida.
Ela ligaria para ele e diria: “Eu quero que você seja meu namorado”? O que você acha que ele responderia (além de registrar o telefone na agenda do celular como “doida varrida”)?
Sabe o que ela faria em primeiro lugar? Investigar ele:
- Ele é “galinha”?
- Ele tem namorada fixa? Quem era? Ela era legal ou era também uma “galinha”?
- Ele não tem namorada? Xiii, será que é gay?
- Quem são os amigos dele? Eu conheço algum que eu possa perguntar sobre ele?
- Ele estuda? Aonde?
- Ele trabalha? Com que? Aonde?
- Ele mora com os pais? Mora sozinho? Mora com os amigos e não tem namorada? (ops, suspeito…)
- Qual a banda preferida dele?
- Qual a cor preferida?
- Qual o time de futebol preferido? Ele é fanático ou não?
E mais umas 200 perguntas depois, ela já tem uma boa fotografia dele.
Agora ela iria bolar uma ou várias estratégias (com algumas hipóteses – mas baseadas na sua investigação prévia, não no “chute”!!!):
Estratégia 1: “Será que se eu for na mesma festa que ele vai amanhã a noite, com um vestido vermelho de arrasar (ele gosta da cor vermelha), e falar do Palmeiras (ele é torcedor Roxo do Palmeiras-ela já decorou o nome do time todo, do técnico, os últimos placares e os próximos jogos, além de é claro, saber sua posição em todos os campeonatos, do Paulistão até a Libertadores) e também oferecer uma bala de banana caseira (ele é do litoral de São Paulo e é louco por estas balas – ela vai dizer que estava na praia e comprou por acaso), eu consigo chamar a atenção dele?”
Estratégia 2: “Ele sempre vai no barzinho da faculdade e hoje tem jogo do Palmeiras. Vou com uma camisa do Palmeiras, sento perto dele e torço que nem uma louca! Se acontecer um gol, abraço ele e comemoro. Se perder o jogo, choro e me apoio no ombro dele, etc,etc,etc”
Estratégia 3: …..
Considerações à parte, minúcias a mais ou a menos, meninas já fizeram isso, não?
(Espero não ter sido muito “machista”, mas aprendi um pouco observando minha filha e minhas irmãs)
O mais importante é vocês observarem:
- O que aprendemos com esta história que tem relação com o nosso dia a dia?
- Não podemos utilizar estratégias semelhantes?
- A estratégia não é a que determina as ações e não o inverso?
- Precisamos fazer nossa “lição de casa” antes de abordar o Cliente ou não?
O Cliente não é diferente do pretenso namorado(a). Precisamos saber o que falar com ele, que o interesse.
Precisamos pesquisar. As secretárias, os parceiros comerciais, os fornecedores, a Internet, os Clientes dele, etc,etc,etc são fontes inestimáveis de informações, que nos dão uma vantagem competitiva enorme!
Mas isto requer esforço de nossa parte, capische?
No bee, no Honey. No Work, no Money! (Sem abelhas, sem mel. Sem trabalho, sem dinheiro!)
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